Architects
Localização
Heathrow Airport Terminal 3, Heathrow Airport (LHR), Longford, Londres, Middlesex TW6 1QG, Reino UnidoEquipe
O.T. Ferrovial Agroman, Fhecor, Cg Proyectos, Solventa, Hoare Lea Consulting, Davis Langdon Schumann Smith, Warrington Fire Research, Reef Associates, Siemens- Vanderlande, Immodo, Carma, Euroestudios, Merebrook, Fractal, GleedsAno do projeto
2014Fotografias
Cortesia de LHR Airports LimitedÁrea
210000.0 m2
O novo terminal 2A em Heathrow Airport, quando abrir as portas em 4 de Junho de 2014, trará uma sensação de prazer e facilidade para os passageiros, o que falta no transporte aéreo há muito tempo. Projetado por Luis Vidal + Architects (LVA), o novo terminal usa generosamente a luz natural, melhorando a experiência do usuário. A navegação é muito mais instintiva do que o normal e, além disso, pela primeira vez em um dos principais aeroportos do Reino Unido, passageiros terão acesso imediato à área dos portões, visível a partir das lojas e restaurantes. Isto deve reduzir a ansiedade dos passageiros e fazer com que a experiência de viajar seja mais agradável.
Luis Vidal + Architects criou um projeto ousado no conceito e racional na execução, e esta experiência agradável foi criada em um projeto que conseguiu atender os requisitos rigorosos de tempo e orçamento. O telhado ondulado mapeia a jornada do passageiro através do terminal até três áreas - check in, segurança e embarque. O projeto único usa a repetição simples de seus elementos, sendo construído de forma rápida e econômica.
O uso da iluminação natural a partir das janelas voltadas a nordeste é difusa e refletida dentro do terminal pelo uso de um forro de tecido sob o telhado. Este é outro fato pioneiro para HAL (Heathrow Airport Limited) e é apenas um dos elementos de uma estratégia ambiental que busca reduzir a emissão de CO2 do terminal em 40%. Enquanto a ideia do telhado ondulado com a luz vertical ao norte permaneceu praticamente inalterada desde os início do conceito projetado por LVA, houve muito trabalho de detalhamento para comprovar e refinar a ideia. Em parte porque o tecido do forro não tinha sido utilizado anteriormente em Heathrow, exceto por uma pequena aplicação. "Foram necessárias infinitas análises para provar que funcionaria", disse Luis Vidal. "Tivemos que mostrar que poderia ser higienizado, e que as propriedades acústicas eram apropriadas".
Ainda mais importante, o arquiteto precisou demonstrar que a combinação da geometria e das propriedades refletivas do tecido permitiriam uma boa qualidade de luz - forte mas não ofuscante. Usar a fachada norte foi um bom começo. Ela proporciona a melhor qualidade de luz no hemisfério norte - com menor ganho de calor e menos ofuscamento. É por isso que estúdios de arte são tradicionalmente angulados para usar a iluminação norte, e porque as coberturas de fábricas tem a iluminação vertical voltada para o norte. Foi importante garantir que todos os passageiros tivessem uma experiência confortável, então o arquiteto realizou simulações detalhados em computador e construiu modelos na escola de arquitetura Bartlett. Além disso, desenvolveu um sistema de iluminação para a cobertura usando LEDs que mudam sutilmente de cor. A iluminação faz com que a forma do telhado pareça flutuar, aumentando a sensação de leveza.
A temperatura da cor dos LEDs mudam gradualmente ao longo do dia. Isto significa que apesar dos passageiros não estarem conscientes da mudança, estarão em um ambiente iluminado com base nos efeitos do céu - cores quentes no nascer e pôr do sol, um azul frio no meio do dia, e um azul índigo à noite. Isto deve ajudar a prevenir um pouco da desorientação dos vôos internacionais, e irá complementar o céu real que, incomumente em terminais aéreos, passageiros embarcando poderão ver todo o tempo. A sequência da cobertura e a vista do destino final guiarão passageiros através do terminal de uma forma tão instintiva e natural quanto possível. Não haverá artifícios, cantos escuros - e passageiros poderão ver o avião partindo conforme se movimentem pelo terminal, ajudando na navegação e trazendo a animação da viagem aérea que tem desaparecido nas últimas décadas.
O compromisso contínuo com a construção sustentável no Terminal 2 começou antes do novo edifício ser levantado, com a demolição do anterior. Mais de 90% do material demolido foi reutilizado. Terminal 2A foi projetado para ser tão eficiente em termos energéticos quanto possível. Além do uso de luz natural, há grandes saliências que proporcionam sombreamento nas fachadas Leste e Oeste, minimizando ganho de calor. Na fachada Sul há um brisé soleil de tubos sólidos de alumínio e persianas metálicas.
Além disso, há vários elementos que reduzirão o uso de combustíveis fósseis. Há painéis fotovoltaicos na fachada sul, e uma central de resfriamento e aquecimento programada para operar com biomassa ou gás. Água da chuva será coletada e utilizada para fins não potáveis. Há ainda aberturas de captação para fornecer água para descarga nos banheiros e troca de calor com a central de força e o aquífero no subsolo. De fato, Terminal 2 será o primeiro aeroporto no mundo a ter o certificado BREEAM pelo seu projeto sustentável.